Polícia encontra mais uma ossada durante buscas por PM desaparecido em Guarujá (2024)

O PM Luca, de 21 anos, foi visto pela última vez em uma adega e depois em um ponto de tráfico de drogas na comunidade Santo Antônio, em Guarujá, no dia 14 de abril. Embora o caso já seja tratado como homicídio pela Polícia Civil, os agentes permanecem em campo para identificar e prender os autores do crime e dar um desfecho ao caso.

A descoberta do esqueleto na Rua Argentina ocorreu durante uma ação das polícias Civil e Militar e do canil do Corpo de Bombeiros. Por volta de 13h desta terça-feira, os agentes se depararam com a cova onde estavam os restos mortais.

o g1 apurou que a ossada estava há anos enterrada no local e, portanto, não é de Luca. As roupas também são diferentes das que ele usava na última vez em que foi visto, próximo a um ponto de tráfico de drogas de Guarujá (SP), no dia 14 de abril.

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Na noite de segunda-feira (29), um cão farejador especializado em encontrar cadáveres indicou um ponto onde haveria outro possível corpo. As equipes de buscas trabalharam na região, que era de difícil acesso.

Apesar do cheiro forte, os agentes cavaram quase dois metros e não localizaram o corpo. A Polícia Civil recolheu material do solo para exames complementares.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), a descoberta do corpo nesta terça-feira foi registrada como morte suspeita na 3ª Delegacia de Homicídios da DEIC de Santos. As investigações prosseguem para esclarecer os fatos.

Agentes não encontraram corpo dentro de cova na Vila Baiana na última segunda-feira — Foto: g1 Santos

Prisões

Edivaldo Aragão (à esq) e Carlos Vinícius foram presos pelo envolvimento no sequestro do PM Luca em Guarujá (SP) — Foto: Divulgação

Na noite de domingo (14), mesmo dia do desaparecimento, um homem identificado como Edivaldo Aragão, de 36 anos, foi preso por ser suspeito de participar do suposto assassinato de Luca. Ele foi abordado por policiais militares na Rua das Magnólias, próximo à adega.

Segundo o g1 apurou com a Delegacia de Homicídios de Santos, a Polícia Civil descartou o homem das investigações por entender que ele não teve envolvimento e confessou a mando de uma organização criminosa. Ele apenas foi indiciado por obstrução à justiça.

2º preso confessa envolvimento no sequestro

  • Na noite de quinta-feira (18), Carlos Vinicius Santos da Silva, de 26 anos, foi preso na Avenida das Acácias. Uma equipe da Polícia Militar leu mensagens em um celular que comprovaram a participação dele no crime. É ele quem aparece ao lado do soldado da PM na biqueira da comunidade Santo Antônio, a última imagem que se tem de Luca.

Mais quatro presos e carro apreendido

  • Depois que Carlos Vinicius foi detido, a polícia identificou mais suspeitos envolvidos, com base no depoimento e mensagens.
  • Na sexta-feira (19), quatro foram presos. Cada um teria uma responsabilidade: um teria ficado com a arma de Luca; outro seria o dono da biqueira; um suspeito de abandonar o carro, e outro dirigido com o PM até a comunidade.

Sétimo e oitavo presos

Segundo o g1 apurou, um sétimo suspeito, conhecido como "Caga", se apresentou espontaneamente na Divisão de Homicídios de Santos na última segunda-feira (22).

Um oitavo homem, de 23 anos, foi preso por volta de 19h30 de sexta-feira (26) no bairro Chácaras, em Bertioga. A PM chegou ao oitavo suspeito durante as investigações e com base nas informações obtidas em depoimentos anteriores. Conforme apurado com a Delegacia de Homicídios de Santos, o homem provavelmente mentiu ter envolvimento para despistar as autoridades.

Corpos encontrados

Robô aquático é usado para investigar sumiço do PM Luca Romano Angerami — Foto: Redes sociais/COE e Reprodução

Até a última atualização da reportagem, a polícia havia localizado sete corpos, que não seriam do policial desaparecido.

Na terça-feira (16), as polícias Civil e Militar receberam denúncias de que Luca havia sido morto e deixado na comunidade Pantanal, em Guarujá. No local, os agentes encontraram um corpo em uma cova rasa e com roupas semelhantes às usadas pelo PM no dia em que ele sumiu. O cadáver estava em uma área de mata e, segundo a polícia, não era do agente.

Já na segunda-feira (22), os agentes encontraram duas ossadas humanas na comunidade Vila Baiana. Na última quarta-feira (24), por volta de 16h, a PM localizou mais três corpos enterrados na mesma localidade.

A TV Tribuna, emissora afiliada à Globo, apurou junto à polícia no local que dois dos corpos encontrados já eram considerados ossadas, enquanto o terceiro estava em estado de decomposição.

Delegado fala em morte

Polícia encontra mais uma ossada durante buscas por PM desaparecido em Guarujá (1)

Polícia encontra seis corpos durante buscas por PM desaparecido em Guarujá, SP

O delegado Fabiano Barbeiro, da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Santos, afirmou que o soldado da PM Luca Romano Angerami “foi executado covardemente por criminosos”.

Ele falou sobre a suposta morte do agente, que não foi confirmada oficialmente pela SSP-SP, durante entrevista ao repórter Matheus Croce, da TV Tribuna, afiliada da Globo.

“Ele foi executado covardemente por criminosos, integrantes do PCC [organização criminosa], que atuam na região no tráfico de drogas, e mataram o policial. E decidiram matar esse policial pelo simples fato de ele ser policial. Então, um ato covarde desses criminosos”, disse o delegado.

Barbeiro explicou que, até a última quinta-feira (25), a equipe contou com um cão farejador especializado em encontrar pessoas vivas. Sem avanços, no entanto, a polícia passou a utilizar os serviços de um animal um especializado em achar corpos.

Pai manda recado

Polícia encontra mais uma ossada durante buscas por PM desaparecido em Guarujá (2)

Pai de PM sequestrado manda recado para criminosos nas redes sociais

O pai do soldado da PM Luca Romano Angerami, de 21 anos, que está desaparecido desde 14 de abril, publicou um vídeo nas redes sociais pedindo para os criminosos devolverem o corpo do filho dele. Segundo o delegado Fabiano Barbeiro, da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Santos (SP), o PM "foi executado covardemente".

A morte do agente, no entanto, ainda não foi confirmada oficialmente pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP).

O pai do soldado, Renzo Borges Angerami, é investigador da Polícia Civil de São Paulo. No vídeo, ele contou que o filho sumiu em 14 de abril e explicou aos internautas que estava falando como policial. "Eu sei, entendo. Se não fosse o meu, iria ser o de outro, né?", iniciou.

"Acho que qualquer um entenderia, qualquer pai, vocês também são pais. Devolve [o Luca] para mim, firmeza? Sempre fui sujeito homem. Por favor, eu tenho direito de chorar o meu filho", afirmou Renzo.

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